Domar cavalo sempre foi minha vocação Herdei de berço ou talvez seja minha sina Levo comigo freio, mango e xergão E entre os dedos muitos fiapos de crina Primeira sova eu sempre dou campo a fora Se "reborqueia", parece que dança um tango As "cosca" ficam na roseta da espora E as "balda" levo junto a tala do mango Essa escola não freqüenta cola fina Atar o cacho onde a china prende o grampo Saber as manhas de um xucro e saltar em cima Só se aprende na faculdade do campo Muito me agrada o pelado de um campestre Sair cortando a virilha de um lobuno Mostrar pra ele que o ginete é sempre o mestre E o potro xucro vai sempre ser o aluno Aos que se arrastam e aos que vão às alturas Pra mim cair só se desmanche o arreio Se me atrapalho a espora me segura Se acaso caio fico pisando no freio Essa escola não freqüenta cola fina Atar o cacho onde a china prende o grampo Saber as manhas de um xucro e saltar em cima Só se aprende na faculdade do campo Levar no encontro um brasino pra o rodeio "Campiar" a volta ou sentir a mao na crina "Xinchar" sozinho um zebu laçado ao meio Pro potro novo é a primeira sabatina Depois de tudo hay de ter sinceridade Gesto de amigo para poder ensiná-lo Nem sempre o homem é o dono da verdade Muito se aprende ao lidar-se com cavalo Essa escola não freqüenta cola fina Atar o cacho onde a china prende o grampo Saber as manhas de um xucro e saltar em cima Só se aprende na faculdade do campo