Para atender um chamado Eu voltei um certo dia Na fazenda do Segredo O assunto eu já sabia Mas voltei com a certeza Desta vez eu não caía Pulei ao cantar do galo Encilhei o meu cavalo Saí no clarear do dia Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Eu cheguei na casa dele Da janela alguém sorria O velho saiu na porta Perguntou o que eu queria Respondi eu fui chamado Disse ele eu não sabia A cabeça balançou E em seguida perguntou Se a bombacha não partia Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Mandou soltar o cavalo Enquanto me recebia Vamos lamber uma seca Enquanto a chaleira chia Veio de bombacha nova Perguntou quem que fazia Esta foi a Gabriela Mora perto da capela Pertinho onde a onça mia Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Pra falar o casamento Era o que eu mais queria O velho me olhava firme Enquanto o mate servia Se o assunto terminava De nervoso eu já tossia Da sala a moça acenava O suor eu enxugava Que no rosto escorria Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Mas falei o casamento Era quase meio-dia Mandou servir o almoço E o velho não respondia Com todos ali na mesa Me disse que consentia Fiquei louco de contente Pois foi o melhor presente Que eu ganhei naquele dia Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Voltei de bombacha nova Metido a jacu rabudo Guardei a bombacha velha Que rasgou-se quase tudo