Amigos peço licença, agradeço o chimarrão Vou encilhar meu cavalo, já chegou a ocasião Minha vida é andar nas campinas deste chão Quero ver se eu encontro o fim dessa imensidão Quero ver se eu encontro o fim dessa imensidão Levo a vida sempre andando, gauderiar é meu destino Moro no lombo do pingo, vivo assim desde menino Eu toco e canto ao vento, e com ele eu afino Até as flores me conhecem, sou um monarca teatino Até as flores me conhecem, sou um monarca teatino Eu vivo assim por que gosto de andar nesta solidão De manhã levanto cedo e subo num chapadão Berro o mesmo que um Touro na saída do verão Pode ser que eu consiga acordar este rincão Pode ser que eu consiga acordar este rincão Meu cachorro velho amigo, meu revólver meu padrinho Só quem pode me vencer é uma prenda com seu carinho Sou igual a um gavião que também faz o seu ninho Mas nos pampas do Rio Grande eu ando sempre sozinho Mas nos pampas do Rio Grande eu ando sempre sozinho