Queria eu puder saber A hora certa e o dia Desde a última vez E se eu contar pelos dedos Todos os "porquês" Não paga a cara nem a dívida Que ficou por pagar Já tá pago Já é hora Já vais tarde Sem demora Reza o vento Péla, acorda Uma sombra Sem vergonha Leva o castigo Contigo p'ra trás Aonde estou Modéstia à parte Eu chego ao fim E quem eu sou Um homem nobre Que acaba aqui Um homem nobre à procura de paz e sossego Dificuldades na vida obrigaram a seguir o sabor do vento Desemprego é o contratempo, crise pr'a mim não tem fundamento Vivemos na sombra de quem controla todo o meu subornamento Se pr'a mim não dá, pr'a ti não dá então acaba aqui Está pr'a nascer o dia em que irei pagar pelo pão que não comi A dívida já tá paga, o que não tá pago é a desilusão Sintomas apontam pr'a mais uma grande depressão Se não estás a par do que se passa então não dás valor à vida Nem vales a pomba branca que está cada vez mais encardida Está cada vez mais desiludida Está cada vez mais ofendida Bandeira que está estendida, está cada vez menos compreendida Que pátria é esta que contesta cada vez que tem uma chance? Sinto que vou fazer uma loucura a qualquer instante Leva o castigo contigo é tudo o que eu te digo Não queiras ver este homem nobre como teu inimigo Aonde estou Modéstia à parte Eu chego ao fim E quem eu sou Um homem nobre Que acaba aqui