Boêmio, nos cabarés da cidade Buscas a felicidade Na tua própria ilusão Boêmio, a boemia resume No vinho o amor, o ciúme, Perfume, desilusão. Boêmio, ó sultão, por que é que queres Amar a tantas mulheres, Se tens um só coração? Boêmio, pensa na vida um instante E vê que o amor inconstante Só traz por fim, solidão. Boêmio, tu ficas na rua, em noites de lua, Insone a cantar Na ilusão dos beijos viciosos E dos carinhos pecaminosos, Boêmio, tu vives sonhando, com a felicidade, Mas não és feliz Vives boêmio sorrindo e cantando Mas o teu sofrer, o teu riso não diz.