Eu que reconheço no amor, a tortura Que beijo em silêncio como resistência Que desprezo a mente, às vezes, por ser dura Compreender o desejo quando não tem cura Sentimento ralo, vence na insistência Tudo aqui se faz, se paga também Desprezar sem medo tanta ignorância Aceitar os defeitos que esta vida tem Receber no peito a dor vinda de alguém Colocar-se ao centro mantendo a distância Nada em mim quer mais O meu canto insiste Vejo a lua clara, Mas a luz desiste Minha vida é rara E esta dor é triste Passo a minha dor. Para o outro lado Vejo tem sentido, Tava combinado Eu não merecia Ser arrebentado.