E eu fiz mais E quis mais Me diz qual o preço da paz? Joguei as fichas Jamais temi o fim! E eu vim atrás E fui capaz E quais ficaram por mim? Eu pego o beat, e faço hit Boom bap mais sujo que tem! Mc Hello Kitty: Evite! A vida vai te dar porrada, nunca se cale Seja Muhammad Ali, revide e evite nocaute Abale, faça do round um freestyle! Cada som, mais dez punchline! Um homem que teme entender a si mesmo É como um cego temendo ler braile! Dalhe Flow, meu rap garante sua brisa! Me diz quanto vale A camisa de marca no armário Mundo girou, nada mudou, a vida castiga! Siga o futuro utópico, vou varrendo O que o tempo levou! Capitalismo incendeia consumo Sumo na esquina uma dose de fé! Simpatia não engana ninguém Minha paciência acaba um dia E o teu sorriso com dente também Quer um conselho? Alma vai além do espelho Mas pode ser vista com olho vermelho! Será que tu entende? Que tudo que vai, volta E toda revolta, no fundo é por paz! Que as ondas mais fortes, nem sempre batem no cais? E que o mais alto dos gritos Nem move suas cordas vocais Nem move suas cordas vocais E eu fiz mais E quis mais Me diz qual preço da paz? Joguei as fichas Jamais temi o fim! E vim atrás E fui capaz E quais ficaram por mim? Se hoje fosse seu último dia Me diga o que você faria? Se todo teu orgulho Fossem moedas Quanto o passado valia? Tantos fortes hoje fracos E os prazeres que a madrugada Tem pra te oferecer, em frascos Fiascos e vozes vendem doses A overdose de viver! Vê? Meu rap eu entalho, sempre afiado A rima se torna utensílio Meu verso num é falho, é dedo dobrado Encostado ao gatilho, e eu trilho, o rumo Da alma perdida no limbo enterrado na Mente de daquele que enxerga preço Em valores, falsos atores, e os bastidores Ocultos por trás da cortina Parceiro duvide da vida, duvide de tudo Do endividado que bota a culpa da vida Falida naquele que luta por cada trocado E eu trago o Dom da rima divina, não vinda do dizimo Do pastor nadando em dinheiro usando a Imagem de um Deus traiçoeiro, interesseiro Que salva aquele que pagar primeiro, e eu vejo Rezo e almejo Pelo bem do irmão Com a faca e o queijo na mão, porque O sonho é de quem almeja Não queira, não fale, seja! Não pare, nem cale a boca na menor Chance que der! O triplo do ontem, o dobro do hoje Seja o futuro que quer! Enquanto sua própria dor te trai O ódio é sinal wifi! O fogo que queima, a flecha que alveja A noite num segundo cai Na luta dos nobres, não vejo nobreza Nem no fundo do peito do rei! Na união dos pobres, há realeza Enquanto o respeito se torna uma lei! Irei, fazendo da rua escritório Um bastardo inglório Velejo no mar mais brutal evitando Meu próprio velório! Encontro petróleo e olho fundo No olho do psicopata! Exatamente o que a obra retrata A prova insensata: Um homem primata De terno e gravata, desmata, explora Mata, troca índio por baú de prata E eu sei quando falho, qual é meu Trabalho, quando to com mic na mão E a lei fode o esquema, é ódio ao sistema E tudo aquilo que a ele neguei Só que a vida me trouxe, uma luta insana E trouxe meu sonho fora da cama, e eu me Oponho diante do trono de ouro do rei! Nós não fazemos lei Não seguimos a lei Pois nós somos a lei Nós somos a lei E isso é tudo que eu sei E eu fiz mais E eu quis mais Me diz qual preço da paz? Joguei as Fichas Jamais temi o fim! E vim atrás E fui capaz E quais ficaram por mim?