Rascunho no traço Formando padrão do compasso Governo que adia problema e Tragédia na mão do sistema Promove poder pro empresário otário e O povo é fantoche no jogo! Então seja bem vindo ao limbo Onde o dinheiro é o berço De um terço do que é vida E a ferida no peito aberto Dói menos que a despedida! O preço não vale o desconto E quanto mais por mim eu faço Menos em mim me encontro! Era madrugada, eu botei ruas vazias E sabia quando ouvia, essas rimas que ainda fascina Que um dia o vicio viria em forma de poesia Lírica, uma larica forte! Não lucido, agora note: Sem verde Pro meu suporte e com sede Eu fui ao pote Decidi minha caminhada E aprendi a andar pelo certo Jogar no tudo ou nada! Sobretudo decidi Entre o escudo e a espada Com tempo, peguei a manha Nas roda de rima braba Pros pela que não acompanha Rimando e brincando na base bolada, eu Elevo no verso a levada que faço em um Espaço de letras infame que trago com Kunk ao meu lado chapado Ele nem sabe o que fala, caralho! Na rima que embala e abala esses otario! Engravatado formado em porra nenhuma Da vida pacata sentado na mesa da sala Abafada, enrolado com as folha de cheque Do chefe que acha que é o dono do mundo E é cerveja na tv, na hora do globo esporte E depois manda avisar Que é a erva que causa morte! Hipocrisia move o mundo, tão imundo E quem luta contra o sistema É chamado de vagabundo, porra Nem vem dizer o contrário, caralho Sem pilacagem: Viagem É dizer que o rap hoje é o adversário Com doze de idade E sem pose de boy otario Eu já enxergava na cidade A maldade do dicionário! E quantos não me dão nada Porque eu larguei livro na escola Pra rimar com a mulecada? E porque troquei a equação Pra treinar levada flipada? Eu nunca fui mestre em conta Mas conto cada cartada E eu boto minha cara a tapa E eu trampo na rima rara Não conto com a sorte dada E não quero só conta paga! Expresso e nem peço calma Nos versos que eu dou minha alma A letra e a caneta, a chave Que abre a sua jaula! Não é aula de ensino médio Que mede o seu futuro Quantos com doutorado Engenheiro, advogado Se formando em direito Sem nunca viver direito Aceito e padronizado A beira do parapeito É feito mais um clonado! E eu viso destino alto E caminho contra maré De quem fala da minha track Mas nem chega no meu pé! Se achando o dono do rap De rolé de snapback Tragando a porra do beck e Falando que eu sou moleque Branco, de classe media E que eu nunca passei fome Que se foda minha cor Minha conta e meu nome! Postura é desde 1 ano De berço sujeito homem Sujeito ao microfone Imperfeito por ser humano Meus manos, minha família! Com anos, planos na trilha, a A matilha fareja a caça Ganhamos a vida eterna Ao vivermos a vida interna Sem medo da vã desgraça! Boombap-rap time Freestyle corre no sangue Desde os baile sem bang bang Minha gangue é irmandade Com kunk na contenção Então segue sem alarde Da norte até o pico Concreto ao ouro puro Orgulho queimando em brasa! Ordem meiaum na surdina Na esquina sem ideia rasa Na sombra sua casa Subindo pelo porão Causando arritimia Nos peito sem coração! Abrindo a mente vazia Do covarde ao mais valente Pois o limbo vive o homem Como o homem vive a mente!