O que será que tô fazendo comigo mesmo? Maldito dia em que aprendi aprender com erros Será que tudo isso é desculpa para cometê-los? Benzadeus, quem trouxe tantos pesadelos? O que sou eu além de minhas vontades? Se dizer humilde também é uma vaidade Pare de ouví-los, eles não te querem bem Só querem te vender produtos, aliás, eu também Roubam sonhos pra vender distração Liberdade nada tem a ver com evasão Cê tem razão, a razão é tão ilusória Frágil feito o ego masculino, risos Outro dia vi juiz pedi misericórdia Não ser igual aos homens era o sonho do menino Veja, as palavras são tão tóxicas Que viciados dizem que silêncio é castigo Aguardo esse encontro comigo, vencer meus medos Olhar em meus olhos sem precisar de espelho Quebrar a casca do ego, roubando véus Enfim, entrar em campo e sair do banco dos réus Não quero gerar deprê ao polir troféus Quero que vejam de onde eu vim e o que aconteceu com mamãe Não quero me sentir culpado ao estourar champanhe Olha o que eu passei até ganhar troféus Mas ok, vão julgar teus erros Mas ninguém te viu sozinho na chuva treinando arremesso Erros entre aspas, seja feliz e brinde Quem julga a nossa força nunca nem entrou no ringue Calma, respira Cê quer calar bocas ou expandir visões? Já tá foda o trabalho imagina seguir missões Vim pra ser o cisco no olho de furacões Ainda bem que a dor nos lembra que somos humanos Será que a dor atrapalha ou faz parte dos planos? O certo é que deuses nos invejam por suportá-la Forte é quem tem chicote ou suporta a chicotada? Calma, respira Dizem que somos gotas e ignoramos oceanos Ao mergulharmos no oceano deixamos de ser gota Mas quem se torna oceano toma um gole de cicuta