Sertanejo sentindo a sede, E a fome que tanto devora Matulão lá no pé da parede Só lhe resta vontade a gora De juntar a família tristonha, Já cançada de tanto sofrer Deixar tudo prá traz e ir embora. Já morreu minha vaca pintada E de sede o cavalo alazão, Jaçanã foi pra longe e deixou Asa branca caída no chão, O vaqueiro também já se foi Só deixou o chapéu e o gibão, Joelhado olhou pra o são francisco, E pediu a transposição. Bis. O sertão assolado sem chuva Tanta agua no rio que corre Despeijando lá no eceano E aqui tanta vida que morre, Quem está na elite não ver, O sofrer e nem tem compaixão, Sem lembrar que lá, tem gente morando. E em tão puco que existe o sertão. Já morreu minha vaca pintada E de sede o cavalo alazão Jaçanã foi pra longe e deixou Asa branca caída no chão, O vaqueiro também já se foi Só deixou o chapéu e o gibão, Joelhado olhou pra o são francisco, E pediu a transposição. (bis)