Ai no meado de agosto Isso já faz mais de um ano Eu vivia tão feliz Já pensava em fazer plano De repente se acabou E no meu peito ficou O mais triste desengano Vai chegando o mês de agosto Me ataca um desespero O sol queima que nem brasa O peito desse violeiro Que sempre foi desprezado Hoje está num cativeiro Eu canto pra recordá Quem foi meu amor primeiro Hoje ela está casada Numa mansão delicada E por aqui vivo solteiro O que me causa o desgosto Não é ciúme, não é nada É por não dar o conforto Pra minha mulher amada Hoje ela passa por mim Contente dando risada Eu sinto queimá meu rosto E finjo que não vejo nada Dormindo eu vejo em sonho Aquele rosto risonho E o semblante da malvada A inveja Deus condena Um dia Jesus falô Um coração machucado Não segura o seu amor Quem nasceu em berço rico O vento sopra em seu favor Eu sempre fui castigado Na batalha do amor Vou fazer a despedida Adeus ingrata fingida E adeus mundo enganador