Ode Insone

Alvorecer

Ode Insone


Vagando pelos campos de flores pálidas
Entre almas feridas de amores destroçados
Do precipício olhei aos céus
Tua luz fúlgida me arrebata

Afagado pelo escuro, bradei teu nome errante
Ouvindo o sopro do desespero

Na foz infértil das súplicas
Ajoelhado em meu desterro
Teu ar silente ecoa em minha fronte
Sedenta ao brilho de um novo alvorecer

Dissimula a tua face
Entre a sombra e a luz

Entrego meu corpo as chamas da salvação
Almejando teus lábios tocar
Que meus sentimentos sejam depositados nesta terra infértil
E suma as cinzas

Dissimula a tua face
Entre a sombra e a luz