Oculto

Arma Branca

Oculto


Medito na planta enquanto a fumaça me encanta
Cara
Camufla na sombra
Vai sobrar nada da ponta
A noite é longa, numa vala, lá me encontra
Na minha mão gelada a faca vira um arma branca
A tosse é tanta no momento cuspo sangue preto e muco
Me destruo lento isolamento o que eu procuro

Pra esse corpo decomposto
Me dissolvo como um todo pouco a pouco

Sei de coisa que é melhor nem saber
Tudo a kilo aquilo o que preciso pra tentar manter
A linha fina que afirma o que ainda fica em sanidade
Verdadeira fauna cadavérica: A cidade
Na verdade há de haver
Cura pra tortura de quem procura entender
Postura de morte, você pode perceber o poder do que sintetizo
Sem objetivo, simples átomos no limbo

Reencarnação implica que essa vida é descartável