É impossível estar com o Mestre E ninguém perceber Que algo mudou Em mim É impossível ouvir sua voz E não reconhecê-Lo Ou esconder minhas feridas É impossível perceber Seus passos E não se alegrar Ou correr para os Seus braços de amor É impossível fugir do aprisco Pois o Seu amor É maior do que o Universo Me procura nas esquinas Se me escondo Ele me acha Se na areia movediça Eu afundo Ele estende Seu cajado e me resgata Se estou sujo como os porcos E retorno para o aprisco Ele enxerga-me de longe Larga toda a multidão Me abraça e me beija Limpa-me com Suas lágrimas De amor, de amor É impossível estar com o Mestre No caminho de Emaús E o coração não queimar É impossível estar com o Mestre Na estrada pra Damasco E não ser derrubado Por Sua glória É impossível ir para o deserto Sem ser convidado Ou ser digno de carregar Suas sandálias É impossível fugir do chamado Pois o Seu amor É maior do que os problemas Me procura nas congregações Se me omito Ele me acha Na neblina do engano Se eu afundo Ele estende Sua tocha e me resgata Se estou limpo como os mornos E retorno para o Reino Ele enxerga-me de longe Larga toda a multidão Me abraça e me beija Limpa-me com Suas lágrimas De amor, de amor Com lágrimas de amor Que escorrem do Seu coração Pela pata toca areia Fazendo-me enxergar Suas mãos de carpinteiro Endireita a minha vida A religião lava as mãos Minha gratidão enxuga os Seus pés Enxuga os Seus pés Enxuga os Seus pés Enxuga os Seus pés