Sentado no vazio de outros quartos Fico calado, surdo e mudo Postado às novas mesas que se enquadram Mudança são os planos que se iludem Moldura dos afetos que me afetam Lembranças são saudades que me restam Detalhes do teu rosto, do teu riso Do teu olhar de sono sem sentido Tento achar o meu caminho De uma estrada sem destino E eu me levo e não percebo Mesmo com todos os desvios A luz de outrora já se apaga Razões desconhecidas, meio opacas No baixo, no meu caso, meu casaco Meio desarrumado, destruído Nos riscos das paredes tão mal feitos Contando histórias tortas e segredos Pra quê levar a sério, ser fingido? Se a cara sempre esbarra no banheiro Ponho um pouco mais de vinho E a sala continua vazia Eu me sinto enganado Nessa bruma estranha, louca e fria!