A falta d’água, a falta de ar Um remédio que não serve pra curar Ter certeza sem ao menos perguntar A mentira que revela ser a nova palavra O seu olhar é tão oco sem ar Do olho do homem a lágrima não desce pra contar O pouco apreço que temos pela gota de vida E vivemos na vontade de deixar aberta a ferida A falta d’água, a falta de ar Um remédio que não serve pra curar A falta de um sorriso na criança E um pingo de chuva que traz a esperança A breve noção daquilo que falo Você não compreende... Tudo que quero e exalo É tudo tão seco, tão ralo, tão só Folha seca virando pó, virando pó, virando pó