Vida de festim De você nada vem tão fácil. Nem tapa, nem afago. Seu amor, inexplorado. Mãos atadas. Nem braços, nem abraços. Ofegante na carência. Desamores e seus fardos. Com você tudo é premeditado. A paixão é ato falho. Seu futuro é o seu passado. Vá sentir que viver é mais que pensava. Larga mão de sofrer demais, tudo passa. Vá sentir que viver é mais que pensava. Larga mão de sofrer a mais. A estrada não tem fim. ... e não se vá deixar morrer assim, tão cheio de vida. Gaguejou com tanto medo de se expor, de gritar o seu amor. ... e queimou os seus escritos, os seus segredos. Ofuscou os seus instintos, os seus desejos mais bonitos. Fé de pavio curto, vida de festim. Dias de descrença, sonhos de marfim. Ares de outono em noites de verão, mas os anjos não desistem de reverter o seu coração. Vá sentir que viver é mais que pensava. Larga mão de sofrer demais, tudo passa. Vá sentir que viver é mais que pensava. Larga mão de sofrer a mais. O que fica é o amor.