Você não vê se que eu padeço menos Pelo motivo de nascer mulher Eu também tenho as minhas duras penas E sofro tudo, tudo o que Deus quer Eu também tenho as minhas horas tristes Mas quando choro, procedo assim Tenho o cuidado de enxugar meu pranto Para que ninguém venha zombar de mim Ninguém pranteia uma dor alheia E nem amarga o nosso amargor Se quem tem fome não nos cede à ceia Por que razão não se oculta uma dor Os dissabores e as nossas dores A gente conta e não vê solução Nos revelamos e não evitamos As amarguras do nosso coração