Ele dizia à todo mundo Que a sua especialidade era dar nó em gravata Mas os verdadeiros nós ficavam Na sua garganta literalmente Túlio não sabia se expressar E esse túlio não se decidia do que fazer Deixou até o cabelo crescer E na sarjeta decidiu beber com os fantasmas da avenida E mais tarde ele decidiu crescer E pra vida ele escolheu viver Esse garoto que tanto chorava agora ri de toda a situação E com o passado em mãos ele o abraça, quase sem querer soltar Só pra saber como não ser daqui pra frente E assim era o garoto túlio E assim era o jovem garoto túlio As responsabilidades batiam em sua porta, Mas ele ainda não estava pronto Ainda queria viver muito e curti O que a vida tem a lhe oferecer Como encher a cara nas baladinhas E beijar de língua muitas menininhas Fumar aquela tal plantinha E observar pela janela a tal vizinha de calcinha Um dia numa praça túlio se sentou E com um pássaro sobre tudo conversou Muito pensou, e o seu passado ele emoldurou Só pra saber como não ser daqui pra frente E assim era o garoto túlio E assim era o jovem garoto tulio