Não tenho dono, não tenho trono, não tenho sono Só quero algum sentido na cidade do abandono Na busca pela paz pagando o preço do peso De não me sentir preso e tá com o coração aceso Intenso, por isso penso, não me convenço No senso de uma selva que não entra num consenso Sempre na gangorra porra mesmo que cê corra Mas ainda tô de pé pra dar um jeito nessa zorra Sociedade de papel, quanto vale ser cruel? Quem vira réu? Quem vai pro céu? Tem preço pelo apreço, custo pra ser justo Chega de teatro já cansei de toma susto Eu quero mais seres sensacionais Originais transcendentais Seres mais leais, seres mais reais Pra alcançar o que só o respeito traz Toda paz, toda paz, só respeito traz Toda paz, só respeito traz Toda paz, toda paz, só respeito traz Toda paz Seja bem-vindo ao mundo dos adultos De tantos cultos, mentiras e insultos Mas vou como um intruso, assim que me conduzo Vivendo no meu tempo nesse fuso tão confuso Entenda ou se renda tire a venda e seja a lenda Nesse breu encontre a fenda, mais do que ensinar aprenda Qual seu tesouro em um mundo só de cifra Nesse mistério eu quero ver quem me decifra Sou um reflexo complexo na busca elevada Num mundo sem nexo vou de alma lavada Pensamentos tão pequenos Podem se tornar veneno No meio do caos da rotina que te suga Que te julga que te culpa Quem se levanta pra mudar essa sentença E conquistar a verdadeira recompensa Toda paz, toda paz, só respeito traz Toda paz, só respeito traz Toda paz, toda paz, só respeito traz Toda paz