No mês de maio, Nos tempos da ladainha, Foi que eu vi Sinhá Ritinha Sobrinha de Nhô Vigário Pra Zé Sampaio Ela olhou desconfiada Tava tão encabulada Que caiu o seu rosário. Ele apanhou O rosário da caboca Mas a coragem era pouca Pra fala com a mulé Depois pensou E pra não perder a vaza Guardou o rosário em casa Pra dá quando Deus quisé. Já fez dois anos Que ele não vai à capela Mas leva o rosário dela Pro todo logá que fô Não foi engano O que disse toda a gente Que a sodade de repente Tinha virado em amô E o Zé Sampaio Foi-se embora lá pro Norte Pois teve a pio da sorte Que se pode imagina No Mês de maio Quando vortô à capela Pra entrega o rosário dela Ela não quis aceita.