Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando! Quem vive sambando Leva a vida para o lado que quer! De fome não se morre Neste Rio de Janeiro! Ser malandro é um capricho De rapaz solteiro A mulher é um achado Que nos perde e nos atrasa Não há malandro casado Pois malandro não se casa Com a bossa que eu tiver Orgulhoso vou gritando "Nunca mais esta mulher!" "Nunca mais esta mulher" "Me vê trabalhando!" Antes de descer ao fundo Perguntei ao escafandro Se o mar é mais profundo Que as ideias do malandro Vou, enquanto eu puder Meu capricho sustentando Nunca mais esta mulher Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando A vida é de quem Sabe se esquivar Dos espertos, dos peixes Que não caem em rede! Muito mais que a canoa O malandro em terra joga! A canoa afunda à toa Ele vira e não se afoga