Tom: C C-G7-C C G7 Se arrasem vou dar princípio do Boi Preto da fazenda, C G7 Como bem diz o ditado: se um se esquece outro se lembra. C G7 Bom negócio dá bom lucro, mal negócio não dá renda. No dia cinco de maio, rodeio pra marcação. Do gado de mais costeio o Boi Preto era o gavião. Matreiro como só ele, ligeiro que nem um leão. Coisa linda de se ver, bem no alto da cochilha, A indiada toda de branco e potranca doradilha, Combinaram que o boi preto era carne pro dito dia. Lá no cerrar do rodeio eu fui vendo a coisa feia, Cerrando armada de laço, potranca trocando oreia. Boi Preto se defendendo, indiada que não se enleia. Oigalete aragano foi dereito a um capãozinho. Quando eu fui atacar a indiada vinha pertinho, Se eu vi que atacavam, cortei volta de mansinho. Pulou a cerca dum seguro, a indiada também pulou. Terreno de muita pedra, o condenado cercou, Maldito Marcos da Rosa, foi quem atirou e laçou. Dali levemo entre laço, entre a casa e o galpão. Indiada toda parelha, de causar admiração. Nisso sangraram o Boi Preto, que carne pra marcação!!! Quando eu vi ele caindo, somente para morrer, Pensei e olhei nas cochilhas, e não vi e ninguém vai ver. Quis estar aqui neste mundo um que tenha bem-querer.