Na rua a história é assim Manda quem pode, obedece quem tem medo E o sossego, não vem É a luta, do brasileiro Povo merecedor, com medo Da morte, da bala, perdida, que vibra, a fibra e o coração E eles, continuam roubando A sua esperança, a sua merenda, as vezes as crenças Pro universo de valor Quero ir pra longe, viver fora daqui Navegar no espaço sideral Quero ir pra Marte respirar açaí E tirar férias no Nepal Eu vou ficar, e resistir Porque fugir é não curar essa ferida aberta Por onde os vermes veem a oportunidade certa De invadir e iludir com o slogan de que só o trabalho liberta É natural que eu tenha medo e quase entre em desespero, mas eu vou reagir Guardar a cicatriz para lembrar que na história eu dei meu sangue e arte para ver o povo todo sorrir Quero ir pra longe, viver fora daqui Navegar no espaço sideral Quero ir pra Marte respirar açaí E tirar férias no Nepal