Senhor, hoje te peço em forma de oração Olhai por nós A sua luz é nossa direção Nos olhos do pavão eu revejo Dividir o pão com meu irmão meu desejo Ver a humanidade conviver em harmonia A energia do sol não fermentou a liberdade O trigo que alimenta é na verdade Dourado e lindo sonho que acaba em dor Da luta e revolta que escravizou João vai buscar o alimento sagrado de cada dia Pensando na sua família carente pra sustentar Com uma trouxa de roupa no morro lá vai Maria Levanta cedo madruga na busca do bem estar Suor no rosto não é fácil viver servidão Onde há maldade o que impera é a ambição Prosperidade, igualdade ainda não chegou E até hoje sou julgado pela minha cor Quero viver se não for demais Poder repousar nos braços da paz A chama do amor clareia Pra multiplicar a ceia Cuidar dos nossos filhos É sempre um bem maior Assim o mundo será melhor Oh Tijuca! Seu canto é minha alma meu clamor Onde há fé e esperança eu tô Essa força que me leva hoje vem do céu Chega de desigualdade grita o meu Borel