Que doce mistério Abriga teu dorso De ilha afogada No curso das mágoas? O Velho Bahira Se mira nas águas Espelho da lua Narciso nheengara É Marapatá, porta de Manaus É Marapatá, patati patatá Que mana maninha Que dança sozinha Savana de seda Pavana de cio Campim canarana Bubuia banzando Canção enrugada Banzeiro de rio Vá logo deixando Senhor forasteiro A sua vergonha Em Marapatá Vergonha se verga Na cuia do ventre No V da ilhargas Vincando por lá Cunhã se arretando Tesão de mormaço Abrindo as entranhas A flor do tajá E o macho fungando Flechando, fisgando Mordendo a leseira Dizendo: "Ulha já!"