Velha irmã, casa comigo Casa comigo, velha irmã Tenho um coração antigo E uma casa de lã Barba barba, caso não Não será nossa a tua casa Sei que, às costas, tens na mão A promessa da adaga Doce irmã, casa comigo Casa comigo, doce irmã Teremos sete filhos Serei pai, serás mãe Barba barba, caso não Não te pertence meu desejo Propões apenas em vão Da tua barba, eu tenho medo Tenra irmã, casa comigo Casa comigo, tenra irmã Da noite, eu te abrigo Até de manhã Barba barba, caso sim Já fica teu meu coração Tua alma mora em mim E lhe concedo minha mão Entre as palavras Entre os pés e a rua Desliza no espaço Entre o céu e a lua Entre um e outro azul Minha alma procura O que não é azul Não é de cor nenhuma São sete e sete portas Para uma não abrir O resto a tua volta Está aqui só para ti São sete e sete portas E seis eu vou abrir Da sétima porta Nada sei, nem nunca vi Fica aqui, tenra irmã Tenra irmã, fica aqui Guarde as minhas chaves Enquanto eu sair São sete e sete portas Sete mentiras e sete fins São sete respostas Que encerram meu porvir São sete e sete chaves Mas aqui só tem seis Onde está a outra O que foi que você fez? São sete e sete portas E todas eu abri Sete mulheres mortas Sorriram para mim Entre as palavras Entre os pés e a rua Desliza no espaço Entre o céu e a lua Entre um e outro azul Minha alma procura O que não é azul Não é de cor nenhuma Corre, corre Que o sangue vai te seguir Teus lábios desistentes e prostrados Tuas lágrimas frescas e escuras Teu medo alto e histérico Teu sangue singelo e azul