La fora vejo o mal que se arrasta em cada beco Se alastrando em cada canto de casa oco Multiplicando os desafetos sem senso йtico As mгos abertas se transformam em punhos fechados Como ondas que batem pra te derrubar Sumindo com cada vestígio de bondade Dome seus demônios enquanto não é tarde Porque andamos sobre corpos sujando nossos pés Mas a alma está mais encardida do que se imagina Uma zona de guerra perdida Cada um por si em meio ao caos do dia a dia Se blinde de amor porque a maldade vai te buscar E como uma semente ela vai brotar No seu coração e nem perceberá Como uma venda nos seus olhos para não enxergar O sangue dos inocentes transbordar Em cada gota um pouco de ódio se espalha Busco pela paz para não morrer afogada Somos a maré viva Invadindo as cidades Não deixe a maré te levar Não se entregue a corrente O mar de ódio engole tanto a gente Náufragos por vontade própria O oceano é pequeno comparado a nossa raiva Nado contra a corrente pra vencer o egoísmo Não sou peixe morto pra aceitar seguir esse caminho E ser apenas mais uma que não sabe pra onde esta indo Pense bem antes de fazer alguma coisa Pra não se corromper a toa Julgamos mesmo sabendo que erramos Por que tanto ódio se todos pecamos? Pensamentos são começo pra desmoronar Se você já pensou em matar Você está errando mesmo sem achar Corrupção não é só roubar É tudo aquilo que fazemos e dizemos por achar que é justiça Algo que nunca foi compaixão ou empatia Seja um porto seguro ou um anjo da vida Seja a última esperança que eles precisam Somos a maré viva Invadindo as cidades Não deixe a maré te levar Não se entregue a corrente O mar de ódio engole tanto a gente Me fiz de palavras pra nada me atingir Engulo as farpas pra não semear discórdia Ando em cacos de vidros pra sentir a sua dor O sangue que escorre é o mesmo que o seu Sabendo disso jamais irei te enfrentar Apenas amparar quando precisar Nessa água não irei me afundar Pra cada pessoa que isso escutar Só espero que mude seu jeito de pensar E torço pra maré não te levar Somos a maré viva Invadindo as cidades Não deixe a maré te levar Não se entregue a corrente O mar de ódio engole tantos a gente