Desde o tempo de criança Eu trabalhei com um fazendeiro Dono de muitas finanças Industrial e zebuzeiro Passei toda a minha infância Lidando com pantaneiro Consegui naquela estância A ser um bom boiadeiro Meu patrão é vida mansa Eu é quem faço o roteiro Conquistei sua confiança Mexo com grandes importâncias Seja cheque ou dinheiro Por meu patrão fui mandado Num negócio vantajoso Vendi um lote de gado Por um preço vultuoso Dez milhões e alguns trocados Recebi todo garboso Lá no bando do estado Eu entrei meio sestroso Já deixei depositado Em nome de Antônio Barroso Tinha uma moça do meu lado Já me correu um olhado Que olhar mais amoroso Depois do depósito feito A moça pra mim falou Gostei muito do teu jeito Teu olhar me conquistou Logo a noite dá um jeito Vai lá em casa que eu estou Vamos conversar direito Vou lhe contar quem eu sou Porém com muito respeito Você me apaixonou Eu não tenho preconceito Fiquei muito satisfeito Seu convite me agradou Chegando na casa dela Fui entrando no salão Ela foi me apresentando Seus pais e seus irmãos Venha ver quem está chegando Este nobre cidadão É o Barroso soberano Dono desta região Eu pra ela fui falando Você fez uma confusão Aí há um pequeno engano O meu nome é Adriano E o Barroso é o meu patrão A moça desapontada Foi deixando a minha mão Foi saindo desfalcada Não voltou mais no salão Eu falei com a moçada Desculpe da confusão Ela estava enganada Foi uma desilusão Eu não sabia de nada Não foi essa a minha intenção Tive pena da coitada Se amarrou no camarada Pensando que era o patrão