Sábado José acorda Afagado Olha ao lado E não vê ninguém José levanta da cama e caminha Em direção a cozinha Cambaleando, como é de praxe Procura qualquer coisa pra comer E olha ao lado Mas não tem ninguém José volta pro quarto Deita na cama Liga o telefone-celular E desliza o dedo pro lado Na esperança de ver alguém Meio dia José levanta Caminha até a cozinha Não cambaleando dessa vez Não tem o que comer Pede uma marmita no telefone-celular Chega o motoboy Entrega a marmita José entrega o dinheiro Checa a carteira Olha pro motoboy Não vê mais ninguém Já foi embora E não deu tempo de despedir José come Na cama E dorme José acorda É meio dia (ainda?) Come o resto da marmita E dorme José morreu Só não descobriu ainda Porque estava ocupado Vendo se tinha alguém Ao seu lado