Academia, feliz é quem pode te amar Do coração, a tinta pra retratar Somente Victor, moldura e cor Victor no seu esplendor Velas infladas ao vento A arte, vi desembarcar Pintar com as tintas do tempo É fazer um momento se eternizar Desterro via nascer o talento Olhando a cidade da janela A paisagem tão bela E a gente da terra em sua aquarela E o menino foi ganhar o mundo Levou no peito o desejo de pintar As páginas da história do Brasil E o amor à arte são lições pra ensinar Em nome do pai, a cruz se levanta Na aldeia que dança, se faz comunhão Em nome do filho, a terra chorou Vendo Moema perder seu amor Pincéis vão dançar nos salões São fiéis guardiões da memória imperial Em telas, eu vou mergulhando Desenhando o delírio "real" Batalhas sangrando a nação A arte, a espada e o canhão Imagens que em cada traço imortalizou A rua resguarda o passado “Traçado” de recordação Pra quem fez do seu sonho, ideais Memórias não se apagam jamais