Eu sou filho do rio grande Nele também vou falar Vivendo longe de ti, contigo vivo a sonhar Parece que eu já estou vendo tuas belezas brilhar Quase morro de saudade do meu planauto gaúcho Daqueles pagos da serra, querido povo sem luxo Aonde a china é faceira e aonde mora o gaúcho Quando encilhava meu pingo "boenacho" barbaridade Quabrava o chapéu na testa hoje me resta saudade Ia pra um carreramento jogar dinheiro a vontade Quando o sol já vinha entrando que as carreiras davam o fim Já vinha uma gaúchinha sorrindo e dizendo assim "trouxeste tua cordiona, hoje vai torcar pra mim" Dali saía tocando até chegar no salão Caçulinha na cordiona, fernando no violão Assim nós passava a noite Num fandango de galpão