Para chegar na beira nada na Bahia Ressuscita até mar morto Não morre na praia nem que a Lua caia Furada de bala perdida em agosto Para cair na vala um fecho de cana Aguardente na cabeça E o subir da vida se não há trabalho Só pra dá salário pra polícia E diga o que é honesto nessa fita meu senhor Se tudo aqui é debito em conta e devedor Responda o que não pode mais Calar cristão pai de família Se em nossa pátria mãe babilônia Escravidão inda inspira Sempre quis ser um nobre cidadão Mais pobre aqui é meio de vida De quem dita Não leva peso faz a massa e se reclama Do pão pouco é só preguiça E é tudo culpa da má raça que herdou Do tal silvicola ou do negro zombador Caboclo leva taca se revolta a faca risca Perde o prumo perde a vida