Uma marca na TV, uma mulher sorri pra você e um mundo inteiro de possibilidades se revela. Ao som de um solo de guitarra, um slogan e um código de barras lembram que a vida ainda pode ser bela. Curta Coca-Cola, venha para onde está o sabor; mais do que um produto, uma forma de sanar a dor. Um estilo de vida que tem no consumo o seu maior valor. Quando você percebe está com quarenta anos numa sala deprimente, o catálogo de móveis a lhe consolar: "Será que se eu comprar aquela estante eu não ganho de brinde a plenitude da propaganda do Credicard?" E quando os jovens passam a usar drogas dizem que eles só pensam em fugir da realidade, que não passam de covardes que não mereciam existir. Mas qual o sentido, na sociedade contemporânea, do ato de se consumir?