Este momento, todo um nada, Um arquétipo no escuro. Mas minha alma De semente boa, Qualquer hora poderá ser tudo. E na minha volta Virão mais comigo Os que adestrei, Que dei abrigo. Pensar bom nesses momentos é bom É bom construir amigos Erguer abrigos. Subir à proa das barcas já imergidas, Que alguém toca Em conduzi-la no desafogo. E botar força, ajudá-los na vencida, Pra depois vencer, ganhar o troféu erguido. E já levantadas almas, Cantam hinos da procissão sumindo, A canção da vida, a superfície calma. E já de novo cortam-nos desafios, Em leves embarcações de arrimos, Agora, com a cara suja do lodo, Cabe escolhermos: Ou o desfrute Da serenidade do andar erguido, Ou do que sabemos ser perigoso, Mas contornável, e removível.