Naeno Rocha

Todos Sobrevivem

Naeno Rocha


Este momento, todo um nada,
Um arquétipo no escuro.
Mas minha alma
De semente boa,
Qualquer hora poderá ser tudo.
E na minha volta
Virão mais comigo
Os que adestrei,
Que dei abrigo.
Pensar bom nesses momentos é bom
É bom construir amigos
Erguer abrigos.
Subir à proa das barcas já imergidas,
Que alguém toca
Em conduzi-la no desafogo.
E botar força, ajudá-los na vencida,
Pra depois vencer, ganhar o troféu erguido.
E já levantadas almas,
Cantam hinos da procissão sumindo,
A canção da vida, a superfície calma.
E já de novo cortam-nos desafios,
Em leves embarcações de arrimos,
Agora, com a cara suja do lodo,
Cabe escolhermos: Ou o desfrute
Da serenidade do andar erguido,
Ou do que sabemos ser perigoso,
Mas contornável, e removível.