Murillo Augustus

Confrades

Murillo Augustus


A boemia é pra quem sabe
Que a tristeza é o inimigo
Quando a angústia já não cabe
Temos bares, chão e abrigo

A ressaca é um bofetão
Uma prova de estar vivo
Como achar uma razão
Dar à dor algum motivo

Vou atrás
Daquela paz
Poder me inebriar
Não mais pensar
No que eu poderia ser ou onde eu deveria estar
Eu conto as horas pra sair e beber
Encontrar com meus confrades, me enlevar e viver

Tal delírio é até preciso
Um escapismo, a embriaguez
Readentrar o paraíso
Vez por outra, outra por vez