A boemia é pra quem sabe Que a tristeza é o inimigo Quando a angústia já não cabe Temos bares, chão e abrigo A ressaca é um bofetão Uma prova de estar vivo Como achar uma razão Dar à dor algum motivo Vou atrás Daquela paz Poder me inebriar Não mais pensar No que eu poderia ser ou onde eu deveria estar Eu conto as horas pra sair e beber Encontrar com meus confrades, me enlevar e viver Tal delírio é até preciso Um escapismo, a embriaguez Readentrar o paraíso Vez por outra, outra por vez