Tagarelas, cobardolas! Só balelas, só artolas! Gaia, Chelas, não controlas! Porque tu não sabes! Aquilo que tu procuras encontras aqui Do 2º até ao 7º da zona "I" Esse ódio voluntário que vês por aí Não garante o meu salário, esse eu mereci Este mundo é como um dilúvio de lava sobre o vesúvio Derrame causa distúrbio, na ram do teu estúdio Ferrenho como o serrão, tu limpa o ranho meu chorão Mais um ganho no ganha pão, sou um estranho na multidão Então, disfuncional é quem diz funcional Queimou o disco no final, risco na fossa nasal Estamos contra a corrente e não na corrente do contra Muito contraproducente, produzo sempre em velocidade de ponta Dealemático, este turno é ciático Débil descansa, avança em piloto automático Cresço de forma selvagem como mato no quintal Aparelhagem e tal, também mato no quintal Não somos santos do vitral, da igreja paroquial Nem vimos meter no coro, abolimos o canto coral Espiritual é o que me guia, não o guia espiritual Mas este mundo até guia enquanto houver gota e pedal Cabedal sem igual, antes que o verniz estale Dei tempo ao tempo, da a intempérie temperamental Temporal na tua têmpora imoral, na vocal sou imortal Um portal para o espaço sideral Tu não fales mal ninguém vê esse projeto fantasma Nem com 52 polegadas de plasma Não fales mal ninguém vê esse projeto fantasma Nem com 62 polegadas de plasma Aquilo que tu procuras encontra-se aqui Do 2º até ao 7º da zona "I" Esse ódio voluntário que vês por aí Não garante o meu salário, esse eu mereci Este puto não tem mistérios pa boémios e falatórios Galdérios querem ser génios com prémios e ser notórios Querem impérios e férias com critérios contraditórios Ficam histéricos e eu nem sei se têm um pénis ou um clitóris Boatos do meu status, vindos de homens e gaiatos Pior que cotas e beatos, deviam é fazer teatros Criam lobbies e debates, têm fome e são ingratos Falam de cobras e lagartos e eu 'tou no brasil em quartos Pra quem 'tá de fora pensa que ele ignora atritos Enquanto o ódio explora a forma que ele devora beats E embora só critiques o puto sobe a piques O rap chora, não há real que sobra, agora é só pakiko's Um gajo é magico e não traz varinhas Inveja faz a abordagem pra ver como é que cozinhas Faz a contagem das linhas, vê o contágio nas espinhas Só ladroagem porque as páginas são plágio das minhas Mas eu sou masoquista e tou à parte do que os outros escrevem Porque uns querem sons que batam, eu quero sons que levem Na hora que eu cuspir onde na atmosfera mora a inspiração Pa inspirar quem me inspira é o que eu espero agora Por isso nem compitas quando brilhas só com pitas Quando nota-se que tu não meditas no que tu me ditas E eu dou voz a garinas, avós e varinas É tão saudosa, o povo goza com a prosa que urinas É garantia para a derrota só te resta propor Uma parceria mas eu noto ao longe a inveja ou fulgor Modéstia no coro, mas a impressão que deixa é rancor Por seres da mesma geração não quer dizer que és da cor A malta já ta farta, pára antes que alguém te parta a cara Vai chorar pa ser mais um a chibar na 4ª vara Com histórias difamatórias Injúrias e paranóias que ele incorpora para eu tar a mercê E faz chamadas anónimas com ódio Mas não pára o meu relógio nas horas em que eu namoro a mpc Por isso tás a "vontê" Aquilo que tu procuras encontra-se aqui Do 2º até ao 7º da zona I Esse ódio voluntário que vês por aí Não garante o meu salário, esse eu mereci Tagarelas, cobardolas! Só balelas, só artolas! Gaia, chelas, não controlas! Porque tu não sabes!