Quando a pupila da vida se dilata E sai procurando o que ninguém ver Quando a realidade esquece De vez o terno e a gravata De longe escultam gemidos de prazer E não são as estrelas perfeitas Coladas no seu da sua boca Que vam traduzir a beleza do sorrir Da menina parada na esquina muito meiga e muito louca Esmorrando a ponta da faca pra se divertir Nos olhos da noite, nos olhos da noite Nos olhos da noite, nos olhos da noite Quando do olho do mundo escorre uma lágrima A luz que esconde a verdade pergunta por que? Já que somos todos vaga-lumes encantados nesta fábula Sinalizados lugares pra não se perder E eu vigilante me pego tão solitário ser noturno Contando as horas pra poder sair Amenizando o frio do corpo ainda morno Tirando leite da pedra pra me divertir