Se eu fosse um bom rapaz e escutasse meus coroa Teria um trampo estável e se pá um dim na conta Mas pergunto o que seria minha vida Aprendi com cada esquina, cada fita, cada zica uma sabedoria Com 15 desandei, com 16 jasquei, 17 rodei Várias situações que eu passei No posto vários duelo, bobnelson, peteleco Aquele magrelo sempre encostado pelos buteco A rua que me encantava ainda encanta Os seres da madrugada muitas vezes me emociona Os cara canta comigo enquanto eu rimo dividindo vinho Enxergo cristo nos olhos até de um príncipe mendigo, como eu Na rua que se vive a vida meu, um brinde à noite, um brinde à vida Angústias viram cinzas que vão queimando as nossas dores Eu sei que a rua muitas vezes É menos rude do que as flores... Um brinde: Aos gênios esquecidos, aos poetas Enlouquecidos, e à civilização Que um dia Um dia há de mudar Falam que é rolê de nóia, não perco o sono Escuto: "louco, vagabundo" É isso memo e mais um pouco... Normalidade é um bagulho que eu não aprecio Ainda por cima nesse mundo doentio Eu tenho fé que foi Deus que em linhas tortas escreveu Na bíblia que minha mãe lia, aqueles valores eu absorvia E hoje em dia, no meio desta guerrilha Sei distinguir filho da puta e distinguir quem é família Anjo caído, um coração partido, um sorriso na cara O rap é trilha nesta íngrime estrada que vou seguindo Ao lado de Deus e meus amigos Se caio 7 vezes levanto 8, me reanimo Corri, mas nunca consegui fugir Enquanto Deus deixar, genezio assim vai prosseguir Não é destino, é escolha pessoal O vento bate e não derruba porque eu tenho um ideal Ele não é um bom rapaz Quem ele é, o que ele faz? Ele não é um bom rapaz De onde vem, pra onde vai? Um suburbano? Latino-americano? Um anjo? Leproso? Otário? Malandro? Cigano? Quem sou eu para você? Eu não consigo responder Na encruzilhada um "laroyê" Na função salvê! Pra uns educação, aqui pra nóis é procedê, fazer o que? Valores que eu nunca vou esquecer Levanto por motivos, sem motivos vou caindo Deslizo, mas nunca me perco no labirinto...