Meus dedos sangram, mancham a taça cheia de sangria E não importa o que eu faça, não escondo minha hipocrisia Afinal a paz é uma aposta e a proposta não é tão boa Então escolhe você quer cara ou coroa? Se encolhe pra esconder que você é a prole que não daria certo Que seu futuro é incerto nada é concreto Mesmo sem concreto você se construiu Pra descobrir que tinha que se descontruir Mas antes disso alguém te destruiu Você mesmo Você mesmo! E aquele que aponta o dedo é quem um dia te aplaudiu Vai continuar te aplaudindo e mesmo fingindo que não tá ouvindo esse grito Esse grito quanto mais eu suplico me sinto restrito causando atrito Entre o que tenho dito e escrito, sou o garoto da promessa Só que meu nome não tá no manuscrito Pra ser feliz eu tenho pressa Mas ela. É inimiga da perfeição. Que bom Pois sempre pendo a imperfeição, que dom E nem quixote conseguiu deixar em mim uma mancha Me chamam de louco, mas quando "tô" louco a genialidade deslancha Nela vocês tentam dar nota, se eu tirar um número alto dizem que foi cota Então anota que mesmo com déficit consegui sua atenção sou hiperativo e vivo Pra mostrar "presses" cuzão que 10, 100, 1000 pra mim é pouco Então me chama de louco que eu sigo adiante pra vocês levados pelo vento Pode ser moinho mas eu sigo meu caminho matando gigante