Quatro da manhã e eu ainda tô acordado Deitado de olhos fechados, mesmo estando tão cansado Pensamentos intrusivos chegam a cada segundo Lamento o passado, esqueço o presente e temo o futuro Eu destruo o que construo, em meus hábitos noturnos Penso que fiquei pra trás comparado com os do meu grupo Preso num lugar que nem sequer existe mais Preso em relações que nem sei se ao menos algum dia foram reais Vivo em um fluxo contínuo, e eu não sei parar Daqui a alguns anos isso pode até mudar Vivo em um fluxo contínuo, e eu não sei parar O tempo vai passando, e eu Tô no mesmo lugar Expectativas pra essa vida costumavam ser mais altas Hoje eu sinto falta daquele criança empolgada Sonhando em viajar longe, Lua, Marte, e até Plutão Mas agora todos me dizem pra manter os pés no chão Vivo em um fluxo contínuo, e eu não sei parar Daqui a alguns anos isso pode até mudar Vivo em um fluxo contínuo, e eu não sei parar Meu tempo tá acabando e eu To tentando largar os vícios, mas seria mais fácil largar mão de mim mesmo Esperando que alguém me ajude mesmo mantendo toda essa dor em segredo O que me resta é medo, e eu anseio pelo fim desse pesadelo Mas acho até mais provável que isso acabe comigo primeiro Eu sei, meu futuro depende de mim e mais ninguém Eu sei, mudaria se eu parasse de fingir que tô bem Mas não há tempo, só passatempos, então já nem tento mais Já que eu tô tão pra trás, fugindo do que me insatisfaz Vivo um fluxo contínuo, e eu não sei parar Daqui alguns anos isso pode até mudar Vivo em um fluxo contínuo, e eu não sei parar Pode até ser muito tarde mas, eu posso tentar Eu posso tentar Eu posso tentar Pode até ser muito tarde mas Eu vou mudar