A minha vida é tão cheia de tropeços Não há remédio pra curar o meu tormento Tem certos dias que eu até me aborreço É por viver com tamanho sofrimento Só por amar aquela que não me ama Tenho vivido nesse mundo amargurado Com uma dor que no meu peito inflama É a herança de um amor desencontrado Eu conto certo como foi que começamos Desde criança que nós dois se namorava Morava perto e quase junto se criamos Tinha esperança que um dia nós casava Mas o destino ingrato não me ajudou Aquela ingrata resolveu me abandonar Por outro amor foi que ela me deixou Sofrendo tanto sem poder me consolar Se tu soubesse quanto dói uma saudade Talvez, ingrata, não judiava assim de mim Essa tristeza que no meu peito invade Não vejo a hora que há de chegar o fim Eu te amei com tanta sinceridade E tu, mulher, desprezou o meu amor Meu coração já partiu pela metade Hoje me resta só desilusão e dor Mas se um dia ela voltar arrependida Pelo desprezo eu não vou lhe maltratar Eu te jurei que te amava toda a vida Até agora continuo a te amar Quando eu morrer sem você irei embora Por Deus eu juro que eu não vou te dar perdão Mas de tristeza sei que os teus olhos chora Eu vou embora, mas deixo recordação