Alembro e tenho saudade do tempo de boiadeiro Zé Venâncio era o culatra João Messias era o ponteiro Na fazenda do Pedroso me ajustei com o fazendeiro Era pra fazer o transporte de dois mil bois pantaneiros Dia onze de agosto reuniu a peãozada no terreiro da fazenda Dei saída na boiada O patrão veio avisar no meio dessa boiada vai um mestiço araça Que é ligeiro na emboscada Na saída da boiada o sacrifício começou veio a toque de berrante Os ares pra mim mudou Vai dois mil bois pantaneiros na estrada encordoou Baiano tocou Berrante que meu corpo arrepiou Nós viajamos três dias o sacrifício redobrou na contagem da porteira Um pantaneiro faltou Pra vir buscar esse boi nenhum dos peão topou Zé Garcia respondeu Pois agora eu quem vou Nós viajemos oito dias sempre naquilo pensando não vi mais Zé Garcia Nem o tal de boi pântano Resolvi voltar pra trás no meu cavalo ruano achei o boi furioso Numa restinga bufando Joguei o laço no boi pra duas guampa eu lacei o bicho virou um leão O laço partiu no meio Puxei o meu parabelo com duas balas eu matei tirei a marca do couro Pra Zé Garcia entreguei