É o poder, de resistir e de sobreviver Pois viver aprisionado é o mesmo que morrer Foram dias sombrios, dias de opressão, o tempo se arrastava e tropeçava pelo chão Eu me lembro que o medo me fazia companhia e eu o encarava procurando uma saída Olhava para os céus, de joelhos descansava, pedia proteção sem saber quem me atacava Os anos se passaram, noites eram dias, escrevendo tudo aquilo que eu sentia Tentava explicar e ninguém entendia, palavras retornavam em forma de agonia O mistério era meu não podia delegar, pois a resposta eu tinha que encontrar Fiquei por um bom tempo com essa equação, somando dividindo procurando a solução A chama resistiu às poeiras do vento, foi quando descobri o poder que trago no meu peito É o poder, de resistir e de sobreviver Pois viver aprisionado é o mesmo que morrer O dia clareou tomei minha decisão, o tempo eu controlava na palma da minha mão Eu tracei a minha meta e aquilo que eu queria, virei o dono da minha própria companhia Abri minha cabeça para novos pensamentos, transformei em qualidade o que era defeito Quebrei muitas barreiras padrões e destruí falsas convicções Passei a acreditar em minha própria verdade, criei uma base forte contra cada tempestade De peito aberto sempre pronto pra lutar, contra as ideias que querem te derrubar O medo ainda existe, mas mudou de lado, de algoz da vida para meu melhor aliado E corre nas minhas veias a cada respiração, a chave para abrir toda prisão É o poder, de resistir e de sobreviver Pois viver aprisionado é o mesmo que morrer