Entre as brisas de uma jornada Perco a paz, o mundo gira e não volta pra trás Meus erros, desvaneios e o que só tenho como perda de tempo Serviram de névoa pra que eu lamentasse E culpasse a estrada por ser ela um impasse Raiva em meus olhos me fizeram ver neblina em vermelho Rancor tentar achar motivos no outro pros próprios defeitos Sentimentos de ódio, vingança em forma de violência Uma forma vil e vulgar de extravasar a minha própria inocência Mas uma hora se aprende que as pedras no caminho Quando chutadas não se movem E apenas machucam aquele que faz a caminhada Se aprende a desviar, se aprende a não se importar Se aprende que a estrada é o nosso lar E a convivência é a única direção Em certo ponto amadurecemos e surge a clemência O passo que conduz nos eleva a nossa potência Sintonizar com o mundo significa estar em paz O mundo girar e deixar tudo pra trás Mas as minhas janelas voltam a embaçar Entre minhas brechas voltam a escapar Tudo o que me faz tensionar os músculos O passado volta e meia bate à porta E parado, de novo não me diz nada Entra em minha casa e se acomoda ao sofá Eu quero fugir, eu quero o expulsar Mas como vencer com sentimentos de amor e despido de armadura Raiva em meus olhos me fizeram ver neblina em vermelho Rancor tentar achar motivos no outro pros próprios defeitos Sentimentos de ódio, vingança em forma de violência Uma forma vil e vulgar de extravasar a minha própria inocência