Do teu corpo saciado Debruçado sobre mim Brotam risos estrelados Iguais ao som de um bandolim Entre as pernas, em teus pelos O rubor de flamboyant Faz tua ilha, Paquetá, de manhã Cai a chuva nos cabelos E há lampejos e trovões no ar Mais um beijo O arco-íris tinge o seu olhar Nadam cardumes de peixes Nos pingos do teu suor Voam flamingos nas redes Das mãos e os seios ao Sol Divindades sacrificam Dentro dos olhos ateus E ondas brancas Fingem lenços de adeus E o teu corpo saciado Deixa o meu de lado e vai dormir E o meu corpo desvairado Não se conforma em ver partir Quem me ensinou A não se despedir