Em 9 de julho cintilou a estrela da pátria Argentina E, em 9 de julho, lá, no mesmo céu, brilhava outra estrela A de uma menina Gracias a la vida, dizia seu canto Um canto de pátria que cruzou fronteiras Num bombo legüero e numa voz de moça E hoje cruza os céus na voz de La Negra La Negra Mercedes, la eterna SOSA En el valle de estrellas por donde voy A mi tierra y a la vida, gracias lo doy Um canto nativo que traz o legado da terra plantada com as mãos Tua voz entoará E aos que, cativos na paz, são fadados à guerra e à escravidão Tua voz libertará Se o olho de algoz da rapina perfurar o véu negro da escuridão Teu tino perceberá E a força de tua voz latina se erguerá aos céus, em defesa do chão E o povo te seguirá Na voz que canta nas fontes Tua canção se ouvirá E na garganta dos montes O eco repetirá Quando cantar en los valles La Negra de Tucumán Cantará el pueblo en las calles Y los Andes repetirán A voz que nas ruas é orgulho de um povo na esteira de seus ideais Pintou de Pátria o teu dia E se o ciclo das luas de julho fez voz e bandeira em datas iguais De alguma forma, sabia Que o punho sagrado que brinca, com a pena que lavra o nascer das nações Tinha marcado com "X O dia em que o brado dos incas seria palavra em tuas canções E nas veias do teu país Na voz que canta nas fontes Tua canção se ouvirá E na garganta dos montes O eco repetirá Quando cantar en los valles La Negra de Tucumán Cantará el pueblo en las calles Y los Andes repetirán En el valle de estrellas por donde voy A mi tierra y a la vida, gracias lo doy