Bagualas noites de ausência Sou andante em descaminhos De tanto afagar espinhos Colhi saudades da querência Eu trago remorsos cansados E ando peleando com a morte Me falta um pouco de sorte Nestes tempos mal-domados Nas falsas noites de sonho Traço traumas num plano branco São meus pesadelos medonhos Redemoinhos de um pranto Tenho uma velha boina basca Abrigo pra o Vento pampeiro Com o olhar sereno do guasca No distante clarão do luzeiro Renasço das cinzas do chão Num tilintar das chilenas Sinto frágeis minhas mãos Nas linhas livres da pena