Quando olho pro tempo lamento tudo o que se passou Passado e presente se encontram e contam daquilo de nós que restou O nosso amor pelas frestas fugindo com ventos banais A vida que a gente levava silenciou os mais puros ideais Quando o relógio é o dono de tudo do que a gente faz No calendário dos sonhos se apagam estrelas e muito mais Aquele atalho que a vida pensou que seria melhor Nem sempre foi certo e no fundo da alma só ficou o pior Ah se o tempo tivesse me olhado do que jeito que eu o olhei Teria sido outro passado aquele que eu pratiquei Eu fui viver no futuro, num mundo ainda a chegar Não percebi que o presente não pode o relógio adiantar